quarta-feira, 16 de maio de 2012

Levante Popular da Juventude




O movimento social Levante Popular da Juventude protestou nesta segunda-feira 14 em frente à casa de Mauricio Lopes Lima, acusado de torturar a presidenta Dilma Rousseff durante a ditadura.
Dilma, que era uma das líderes da organização VAR-Palmares, foi presa em 16 de janeiro de 1970. Ela foi brutalmente torturada e seviciada, submetida a choques e pau-de-arara durante 22 dias. No depoimento à Justiça Militar, em Juiz de Fora, cinco meses depois de ser presa, ela deu detalhes da tortura no Dops.
Os jovens cantavam músicas com refrãos como “A ditadura já acabou/Quero saber que militar que torturou”. Também estenderam faixas e picharam a calçada com frases que avisavam aos transeuntes quem morava no local.
Alvo do protesto, Lopes Lima fez parte da Oban (Operação Bandeirante), braço da repressão montada em julho de 1969 no estado de São Paulo. Com policiais e militares, a operação funcionava como um órgão centralizador e organizado da repressão.
O relato de Dilma identificando o torturado foi registrado no projeto Brasil Nunca Mais, a partir de depoimento dado por ela à auditoria militar em 1970. Outro a reconhecer o torturador foi Frei Tito. Em depoimento dado em 1969, o religioso disse que Lopes o torturou e antes falou: “você agora vai conhecer a sucursal do inferno”.
Uma ação do Ministério Público Federal apontou Lima como torturador de ao menos 20 presos políticos durante a ditadura .A ação, de novembro de 2010, pedia que Lima e outros supostos torturadores perdessem seus cargos públicos e pagassem indenização a suas vítimas. A Justiça de São Paulo arquivou o caso um ano depois sob a justificativa de que os crimes estavam com base na Lei da Anistia.

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