Dilma acrescentou que a missão do órgão será restabelecer a verdade sem
violar a Lei de Anistia de 1979, que impede que os crimes da época sejam
levados para a justiça.
"Ao instalar a Comissão da Verdade, não nos move o revanchismo, o ódio
ou o desejo de reescrever a história de uma forma diferente do que
aconteceu", afirmou a líder, que foi torturada e presa por dois anos
devido a sua militância em organizações de esquerda.
A Comissão da Verdade terá um prazo de dois anos para investigar crimes
contra os direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988, mas centrará
seus trabalhos no período do último regime militar (1964-1985).
A presidente deixou claro em seu discurso que a Comissão será totalmente
independente e contará com todo o apoio do governo para "sem
revanchismos" esclarecer o que ocorreu durante os chamados anos do
chumbo.
Dilma assegurou que só a recuperação da verdade, sem revanchismo,
permitirá a pacificação e a reconciliação nacional. "O Brasil merece a
verdade, as novas gerações merecem a verdade e, sobretudo, merecem a
verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam
sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia", afirmou.
Sem citar a Lei de Anistia de 1979 e após lembrar que o Brasil recuperou
a democracia graças a diferentes acordos políticos, a governante disse
que tanto seu governo como a comissão respeitarão esses "pactos".
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