quarta-feira, 16 de maio de 2012

COMISSÃO DA VERDADE



Dilma acrescentou que a missão do órgão será restabelecer a verdade sem violar a Lei de Anistia de 1979, que impede que os crimes da época sejam levados para a justiça.
"Ao instalar a Comissão da Verdade, não nos move o revanchismo, o ódio ou o desejo de reescrever a história de uma forma diferente do que aconteceu", afirmou a líder, que foi torturada e presa por dois anos devido a sua militância em organizações de esquerda.

A Comissão da Verdade terá um prazo de dois anos para investigar crimes contra os direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988, mas centrará seus trabalhos no período do último regime militar (1964-1985).
A presidente deixou claro em seu discurso que a Comissão será totalmente independente e contará com todo o apoio do governo para "sem revanchismos" esclarecer o que ocorreu durante os chamados anos do chumbo.

Dilma assegurou que só a recuperação da verdade, sem revanchismo, permitirá a pacificação e a reconciliação nacional. "O Brasil merece a verdade, as novas gerações merecem a verdade e, sobretudo, merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia", afirmou.

Sem citar a Lei de Anistia de 1979 e após lembrar que o Brasil recuperou a democracia graças a diferentes acordos políticos, a governante disse que tanto seu governo como a comissão respeitarão esses "pactos".

"As duas, a Comissão da Verdade e a Lei de Acesso à Informação, são frutos de um longo processo de construção da democracia, de quase três décadas, do qual participaram sete presidentes da República.", disse.

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