Iniciaram ontem, segunda-feira
(11/03), as aulas das escolas municipais de Canguaretama. O calendário escolar,
que estava indefinido até o final de fevereiro, previa o início das aulas para
o dia 04 deste mês, conforme noticiado no encontro pedagógico com todos os
professores do município realizado no último mês.
Além do atraso evidente no
calendário escolar, ainda existe a situação de algumas escolas que não
iniciaram suas aulas na data de ontem, com previsão de início apenas para a
próxima segunda-feira (18/03), como é o caso da E. M. Juarez Rabelo, que fornece
educação para o ensino fundamental e médio.
Após a mudança de prefeito, a
infraestrutura das escolas foi avaliada por equipe da nova gestão, a qual
constataram diversos danos físicos às infraestruturas das escolas, além da
falta de material de expediente e pedagógico e a precariedade dos utensílios eletrônicos
e domésticos das unidades.
Diante dessa situação, a atual
gestão passou a declarar que realizaria reforma nos prédios de quase todas as
escolas do município. Tal reforma seria feita durante os meses que antecedem o
calendário escolar normal, mas com atraso aceitável para a conclusão das obras.
No entanto, essa semana as aulas foram iniciadas e em nenhuma escola houve a realização
da reforma prometida.
Outro caso que merece atenção é o
do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, que ainda está sem
equipe de trabalho formada e local para atuação. O PETI, que funcionava no
mesmo prédio da E. M. Professor Wilson (antigo Fidel Castro), ainda não tem
definido o prédio no qual irá funcionará. Pais e responsáveis de alunos do
programa reclamam constantemente da distancia do local e da falta de segurança,
pois a instituição está localizada próxima à rodovia BR 101 e não possui muros
em toda sua extensão, havendo risco de acidentes graves às crianças.
A Secretária de Assistência
Social, responsável pelo PETI, representada por sua secretária, Fátima
Moureira, participou de reuniões com a Secretaria de Educação, a fim de estabelecer
acordo sobre o lugar em que funcionaria o programa. Cogitou-se a possibilidade
de alugar um prédio no centro da cidade, mas a Secretaria de Educação se opôs a
tal possibilidade. Assim, o programa tem grandes chances de permanecer no mesmo
lugar funcionava. Grande parte dos responsáveis pelas crianças participantes do
PETI já informaram à coordenadora do programa, que não deixaram que suas
crianças participem das atividades do programa, caso ele continue funcionando
no prédio atual. E o que acontecerá com essas crianças? A atitude dos pais não
é a de desassistência à educação dos filhos, mas de atenção e cuidado para com
sua saúde e segurança.