Tão logo Lula foi eleito presidente, ao final de 2002, a oposição capitaneada pelo PSDB e pelo PFL adotou o moralismo denunciativo como estratégia virtualmente única de atuação política. Para tanto, teve como parceira fundamental o grosso da mídia corporativa.
O cálculo a sustentar tal estratégia era simples: com a oposição valendo-se de denúncias de corrupção e do domínio dos meios de manipulação da opinião pública, bastaria minar o governo Lula até que ele caísse de podre – fosse via eleições ou, preferencialmente, através de um impeachment.
Dois
pesos...
Em segundo lugar, referem-se a um jornalismo despreocupado de uma deontologia mínima e que endossa e açula o comportamento anti-republicano de tais forças políticas ao, por um lado, exaltar-lhes uma sua duvidosa “capacidade de gestão” e negligenciar a denúncia de casos de corrupção ou de incompetência administrativa que as envolvam; e, por outro lado, ao superdimensionar ou mesmo fabricar racusações de corrupção contra seus opositores, de cujas administrações se recusa a reconhecer qualquer eventual mérito ou realização.
Diante de tais fatos, é insuficiente a resposta monocórdia com que os internautas amestrados pelos “blogueiros” de Veja reagem ante as denúncias contra a publicação, e que busca, invariavelmente afirmar a culpa dos petistas. A questão, aqui, não é esta. Em todo e qualquer caso, se, após examinar as provas, a Justiça se convencer de que houve, efetivamente, corrupção, que os transgressores sejam punidos, à revelia do partido a que pertençam. O que não se pode permitir é o pré-julgamento pela mídia e a assimetria de tratamentos que ela dispensa à corrupção quando praticada pelo conservadorismo ou pela aliança petista, escondendo e negligenciando o que vem dos primeiros enquanto superestima – ou mesmo cria - o que se refere aos segundos.
Em segundo lugar, referem-se a um jornalismo despreocupado de uma deontologia mínima e que endossa e açula o comportamento anti-republicano de tais forças políticas ao, por um lado, exaltar-lhes uma sua duvidosa “capacidade de gestão” e negligenciar a denúncia de casos de corrupção ou de incompetência administrativa que as envolvam; e, por outro lado, ao superdimensionar ou mesmo fabricar racusações de corrupção contra seus opositores, de cujas administrações se recusa a reconhecer qualquer eventual mérito ou realização.
Diante de tais fatos, é insuficiente a resposta monocórdia com que os internautas amestrados pelos “blogueiros” de Veja reagem ante as denúncias contra a publicação, e que busca, invariavelmente afirmar a culpa dos petistas. A questão, aqui, não é esta. Em todo e qualquer caso, se, após examinar as provas, a Justiça se convencer de que houve, efetivamente, corrupção, que os transgressores sejam punidos, à revelia do partido a que pertençam. O que não se pode permitir é o pré-julgamento pela mídia e a assimetria de tratamentos que ela dispensa à corrupção quando praticada pelo conservadorismo ou pela aliança petista, escondendo e negligenciando o que vem dos primeiros enquanto superestima – ou mesmo cria - o que se refere aos segundos.
Fim de uma era
Assim,
o conluio mídia-demotucanato, enquanto procurava desqualificar Lula como
analfabeto e Dilma como “poste”, não se deu conta de que o país mudava e, em
meio ao esvaziamento progressivo dos factoides - e a despeito das aparições
frequentes de Demóstenes e Alvaro Dias no Jornal Nacional -, era a sua
propalada força como formador de opinião que estava a se esvair. Tornara-se
anacrônico. As denúncias contidas no livro de A Privataria Tucana, de Amaury
Ribeiro Jr., povoaram de pesadelos seus sonhos de poder, mas o abrupto
despertar só se deu efetivamente agora, com a CPI da Cachoeira, após
desmascarar seu falso catão Demóstenes, prestes a botar a mídia no banco dos
réus.
Eis porque as reações iradas da revista Veja e de O Globo contra a blogosfera e as redes sociais, que tiveram lugar nos últimos dias após longo tempo represadas, fornecem a evidência maior do fracasso do projeto golpista das forças conservadoras, ao qual o demotucanato e a mídia vêm se dedicando desde a primeira eleição de Lula.
Eis porque as reações iradas da revista Veja e de O Globo contra a blogosfera e as redes sociais, que tiveram lugar nos últimos dias após longo tempo represadas, fornecem a evidência maior do fracasso do projeto golpista das forças conservadoras, ao qual o demotucanato e a mídia vêm se dedicando desde a primeira eleição de Lula.
Quanto
mais Veja e O Globo espernearem e partirem para a desqualificação agressiva,
não só estarão confirmando, uma vez mais, que suas práticas não coadunam com um
jornalismo profissional minimamente sério, mas ratificando a capacidade de
comunicação da blogosfera e das redes socais, que hoje já oferecem,
respectivamente e em relação à mídia convencional, as mais embasadas análises e
uma capacidade de movimentação rápida e efetiva.
Como se pode constatar ao longo do texto, são efetivamente muitas as razões a justificar o medo que Veja afirma sentir.
Como se pode constatar ao longo do texto, são efetivamente muitas as razões a justificar o medo que Veja afirma sentir.
Fonte: Blog do Altamiro
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