Biografia de Caramurú Paiva
Francisco Caramurú de Oliveira Monte Paiva e Azevedo nasceu em 19 de
outubro de 1974, na maternidade de Caraúbas. Viveu a infância na zona
rural de Campo Grande/RN e a partir da adolescência passou a morar na
zona urbana deste município.
Caramurú Paiva logo cedo despertou para a militância pelas causas
sociais. Com 14 anos se engajou no movimento estudantil onde exerceu as
funções de vice presidente e, em seguida, presidente do Grêmio
Estudantil Francisco Costa de Medeiros.
No início da década de 90 Caramurú Paiva participou do movimento
nordestino de teatro de rua onde fez parte da fundação do grupo teatral
Canal Cultural e da Companhia Teatral Transformação. Outra atividade com
forte contribuição de Caramurú Paiva foi o futebol amador, com destaque
tanto como jogador atuando na seleção da cidade de Campo Grande quanto
na condição de organizador de eventos esportivos.
Aluno brilhante estudou nas Escolas Públicas Francisco Ivo (atual
Ieda Medeiros Dantas Saldanha), Professor Adrião Melo e Professor
Joaquim Leal. As excelentes notas escolares renderam indicação e
aprovação numa das primeiras experiências profissionais, como menor
aprendiz do Banco do Brasil, na agência Campo Grande.
Em 1993 prestou vestibular para o curso de letras, na Universidade do
Estado do Rio Grande do Norte – UERN, e engenharia agronômica, na
Escola Superior de Agricultura de Mossoró – ESAM. Passou em ambos, nas
primeiras colocações, e optou pela universidade federal mostrando a
identificação com a terra trazida desde o pai, Francisco das Chagas
Monte Paiva, e a mãe, Rita de Góes Bandeira.
No período de faculdade casou com a conterrânea Joyce Myrian de
Azevedo Monte Paiva com quem teve 3 filhas: Iracema Azevedo Monte Paiva
(14 anos), Açucena Azevedo Monte Paiva (06 anos) e Mel de Azevedo Monte
Paiva (05 anos). No período da faculdade acentuou a tendência de atuação
na agricultura agroecológica exercendo por 3 anos a função de bolsista
responsável pela manutenção e estudos com 45 espécies de plantas
medicinais.
Durante a faculdade exerceu a função de professor bolsista de
Matemática, nas turmas do ensino médio, da Escola Pública Estadual José
Vasconcelos, de Mossoró. Ao final das atividades recebeu avaliação de
“excelente desempenho” pela direção da escola. Os rendimentos
financeiros ajudavam a custear a manutenção da família, que já constava
do nascimento da filha mais velha.
Convidado pelo pai, que tanto admirava, antes de terminar a faculdade
assumiu a gerência das duas propriedades onde trabalhou com criação de
caprinos e bovinos, manejo da mata nativa e a produção de
comercialização ligada a cajucultura e produtos artesanais derivados do
caju.
Concluindo a graduação em Engenharia Agronômica passou a trabalhar em
Organizações Não Governamentais de Assessoria Técnica a agricultura
Familiar. No Centro Terra Viva atuou pelo Projeto Umbuzeiro, da
SUDENE/ASSOCENE/REDE CAT, apoiando planejamentos de projetos produtivos e
fazendo a formação de conselheiros em Rafael Fernandes, Caraúbas e
Campo Grande.
Depois foi para a Cooperativa Terra Livre onde coordenou uma equipe
técnica de elaboração de Planos de Desenvolvimento de Assentamentos de
Reforma Agrária de Mossoró e região. O bom desempenho e o compromisso
destes trabalhos com o desenvolvimento da agricultura familiar
aproximaram Caramurú Paiva ainda mais dos movimentos social e sindical
do Estado.
No ano de 2002 Caramurú Paiva foi selecionado para coordenar a
implantação da ARCO OESTE, agência de apoio a comercialização da
agricultura familiar do médio oeste. O papel da organização era
facilitar o escoamento de produtos agrícolas e pecuários em cerca de 10
municípios da região. O projeto era investido pelo Governo Federal
através do INCRA RN que ao final de um ano considerou como um trabalho
brilhante o desempenho de Caramurú Paiva diante do resultado alcançado.
O Engenheiro Agrônomo Caramurú Paiva ainda foi um dos fundadores e
primeiro coordenador institucional do Núcleo Sertão Verde, uma das
maiores Organizações Não Governamentais de atuação junto à agricultura
familiar do Nordeste Brasileiro com ações premiadas nacional e até
internacionalmente.
Entre 2003 e 2008 atuou no Governo do Presidente Lula, assumindo a
função de Supervisor do Projeto Dom Hélder Câmara/SDT/MDA-FIDA/ONU.
Através deste cargo coordenou atividades que promoveram a inclusão
social e o desenvolvimento sustentável de cerca de 2000 famílias
agricultoras em 17 municípios do Território Sertão do Apodi. O trabalho
recebeu aprovação dos beneficiários e instituições envolvidas e
atestadas de excelência das auditorias do FIDA/ONU.
No ano de 2006 assumiu a presidência do PT Campo Grande e a
Coordenação partidária do médio oeste. A frente dos dois espaços
políticos contribuiu para que o Partido dos Trabalhadores crescesse
regionalmente com a eleição de vários mandatos de vereadores, vice
prefeito e prefeito; e foi decisivo para que o PT assumisse pela
primeira vez um cargo majoritário em Campo Grande.
Na condição de vice prefeito tem cumprido um papel até então
diferente para os detentores do cargo. A diferença consta de uma agenda
política inovadora que realiza ações decisivas na captação de recursos
para importantes projetos municipais e fortalecimento das organizações
sociais de Campo Grande. Nos eixos prioritários do mandato consta apoio
ao trabalho do executivo com a elaboração de projetos e articulação de
recursos; apoio a juventude e mulheres; fortalecimento da educação e
cultura; geração de renda e desenvolvimento rural sustentável; terceira
idade; comunicação social; ações de convivência com o semi-árido e
democratização do Estado.
O resultado em favor das classes menos favorecidas tem dado
reconhecimento popular ao mandato, mas por outro lado, tem provocado
reações fervorosas dos setores mais tradicionais e conservadores da
política municipal. O fato é que, como vice prefeito, conseguiu incluir
Campo Grande na Coordenação Política Nacional da Rede de Colegiados
Territoriais, recebeu prêmio de melhor conselho do FUMAC pelo Banco
Mundial e participou decisivamente da conquista de investimentos
estruturantes como a ponte de acesso, dentre outros.
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