Na tarde deste sábado (09/03), foram afixadas duas
faixas na praça do distrito de Piquirí, fazendo referência à proibição de som
automotivo naquele local. As faixas foram postas com a ordem do
subprefeito de Piquiri, conhecido como Naninho. Ainda não se sabe se a ação
possui autorização da Promotoria Pública da Comarca de Canguaretama.
Essa iniciativa, há tempos solicitada por moradores
que residem nas proximidades da praça, gerou
grande polêmica na noite de ontem. A comunidade, conhecida por ser um local de
festas, ficou dividida com o novo regime imposto pela prefeitura. De um lado,
há os que se agradem da nova condição, pois terão um pouco de sossego nos
finais de semana, de outro, há os que argumentam que a determinação trará como
consequência o declínio de vendas de alguns comércios e a retirada do lazer de
alguns.
Na condução da nova “lei do silêncio” deve-se estar
assegurado o apoio da Polícia Militar, para monitorar o volume de som produzido
pelos carros dispostos pela praça. Entretanto, pelo que foi observado nesse
sábado, o monitoramento não é conduzido apenas por este órgão. Na noite de
ontem, um cidadão que estava com o som de seu carro ligado, foi surpreendido
por Naninho, que ao aparecer de súbito
na praça, fechou a mala do carro desse cidadão e o ordenou que desligasse o som
do mesmo, sem nem ao menos tentar conversar com ele antes. Ainda depois do
ocorrido, o subprefeito ficou fazendo “rondas” pela região. A atitude do
subprefeito causou polêmica entre os populares, que passaram a questionar sua
autoridade e competência para realizar tal ação.
De certo, é preciso ter bom senso na escolha de um
representante do prefeito em uma comunidade, pois trata-se de uma pessoa que
deverá estar em contato direto com a população, ouvindo os problemas sociais da
comunidade e buscando soluções para os mesmos junto ao gestor. Mas como esperar
que a população se dirija a uma pessoa com uma atitude tão incompreensiva como
essa? Cabe perguntar qual o é o silêncio que impera nessa lei, se é a do som
dos carros ou a da voz da população?
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