domingo, 10 de março de 2013

PIQUIRI SOB A LEI DO SILÊNCIO



Na tarde deste sábado (09/03), foram afixadas duas faixas na praça do distrito de Piquirí, fazendo referência à proibição de som automotivo naquele local. As faixas foram postas com a ordem do subprefeito de Piquiri, conhecido como Naninho. Ainda não se sabe se a ação possui autorização da Promotoria Pública da Comarca de Canguaretama.

Essa iniciativa, há tempos solicitada por moradores que residem nas  proximidades da praça, gerou grande polêmica na noite de ontem. A comunidade, conhecida por ser um local de festas, ficou dividida com o novo regime imposto pela prefeitura. De um lado, há os que se agradem da nova condição, pois terão um pouco de sossego nos finais de semana, de outro, há os que argumentam que a determinação trará como consequência o declínio de vendas de alguns comércios e a retirada do lazer de alguns.

Na condução da nova “lei do silêncio” deve-se estar assegurado o apoio da Polícia Militar, para monitorar o volume de som produzido pelos carros dispostos pela praça. Entretanto, pelo que foi observado nesse sábado, o monitoramento não é conduzido apenas por este órgão. Na noite de ontem, um cidadão que estava com o som de seu carro ligado, foi surpreendido por  Naninho, que ao aparecer de súbito na praça, fechou a mala do carro desse cidadão e o ordenou que desligasse o som do mesmo, sem nem ao menos tentar conversar com ele antes. Ainda depois do ocorrido, o subprefeito ficou fazendo “rondas” pela região. A atitude do subprefeito causou polêmica entre os populares, que passaram a questionar sua autoridade e competência para realizar tal ação.

De certo, é preciso ter bom senso na escolha de um representante do prefeito em uma comunidade, pois trata-se de uma pessoa que deverá estar em contato direto com a população, ouvindo os problemas sociais da comunidade e buscando soluções para os mesmos junto ao gestor. Mas como esperar que a população se dirija a uma pessoa com uma atitude tão incompreensiva como essa? Cabe perguntar qual o é o silêncio que impera nessa lei, se é a do som dos carros ou a da voz da população?

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